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Madeira. PSD volta a vencer mas falha maioria absoluta

por RTP

O PSD/Madeira venceu este domingo as eleições com 36 por cento dos votos, elegendo 19 deputados. A maior subida é a do JPP que passa de cinco para nove deputados, enquanto o Bloco de Esquerda e a CDU estão fora do parlamento madeirense.

Foto: Gregório Cunha - Lusa

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por RTP

Madeira. PSD vence as eleições mas sem maioria absoluta

Na segunda eleição regional em menos de um ano, o PSD/Madeira voltou a vencer as eleições. Apesar do triunfo, o cenário de governabilidade na região mostra-se volátil. O PSD elegeu 19 deputados, o PS 11 e o JPP foi um dos grandes vencedores da noite, ao eleger nove deputados. 

No discurso após serem conhecidos os resultados, Miguel Albuquerque destacou uma "vitória clara" do PSD e de uma "derrota copiosa" da esquerda. Luís Montenegro pediu para que a vontade popular fosse respeitada. 

Por sua vez, Paulo Cafôfo afirmou que o PS pode apresentar uma alternativa a um governo do PSD e falou numa coligação com o JPP. O Juntos Pelo Povo não se comprometeu com nenhum partido, referiu que a noite é "boa conselheira" e que irá esperar por contactos. Rui Rocha, da Iniciativa Liberal, aconselhou Paulo Cafôfo a não "perder tempo" com o partido. 

O Chega foi a quarta força política mais votada. André Ventura acusou Miguel Albuquerque de estar agarrado ao poder. Do lado do PS, Pedro Nuno Santos destacou que este foi "o pior resultado de sempre" do PSD/Madeira.

De destacar ainda que o Bloco de Esquerda e a CDU perderam a representação parlamentar na região da Madeira. 

Mariana Mortágua assumiu um mau resultado mas prometeu que não irá desistir do combate político nas ruas. Paulo Raimundo admitiu que não percebeu a "apreciação favorável" ao governo de Miguel Albuquerque. Considerou que a saída da CDU do Parlamento é má para os "trabalhadores portugueses".

Por fim, assinalam-se ainda os números da abstenção: 46,6 por cento, praticamente a mesma registada nas eleições de setembro de 2023.
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Pedro Nuno Santos destaca "pior resultado de sempre" do PSD na Madeira

Foto: Filipe Amorim - Lusa

O secretário-geral do PS considera que este foi um mau resultado para o PSD, apesar da vitória. Pedro Nuno Santos não quis especular sobre possibilidades de governação para respeitar as autonomias regionais.

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Sobre acordos partidários, JPP diz que "a noite é a melhor conselheira"

Foto: Gregório Cunha - Lusa

Sobre eventuais acordos com outros partidos, Élvio Sousa, candidato pelo JPP, diz que não irá contactar com nenhum partido esta noite. Reafirmou ainda que o PSD está fora da equação, como de resto afirmou durante a campanha.

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por Lusa

PSD vence em nove dos 11 concelhos

O PSD venceu hoje em nove dos 11 concelhos madeirenses, tendo os outros dois passado para a liderança do PS, no caso de Machico, e do JPP, no caso de Santa Cruz, segundo os resultados oficiais provisórios.

Nas eleições regionais antecipadas que hoje se realizaram, os sociais-democratas viram reduzida a amplitude da sua maioria absoluta, agora só verificada no concelho de Calheta (51,78%), quando, a 24 de setembro de 2023, a tinha conseguido em seis concelhos (ainda que em coligação com o CDS-PP).

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD ficou muito perto da maioria nos concelhos de Ponta do Sol (49,71%) e Porto Moniz (49,23%).

Aparte os concelhos em que PS e JPP venceram, a votação mais baixa do PSD ocorreu no Funchal, com 33,34%, ainda que os sociais-democratas tenham vencido em todas as 10 freguesias do maior concelho (com votações acima dos 30% e abaixo dos 40%).

Em Machico, o PSD foi a segunda força política mais votada (33,40%), perdendo o concelho para o PS por apenas 12 votos, tendo os socialistas vencido em duas das cinco freguesias (Machico e Caniçal).

O mesmo segundo lugar ficou reservado para o PSD no concelho de Santa Cruz (26,85%), onde o JPP venceu a eleição por 1.563 votos, conquistando todas as cinco freguesias.

O PS ficou em segundo lugar em todos os concelhos à exceção de Santa Cruz, que o JPP tirou ao PSD, que, por sua vez, passou a ocupar essa posição.

O JPP destronou o Chega da terceira posição conquistada em sete dos onze concelhos madeirenses nas últimas eleições, ficando em terceiro lugar em todos os círculos, com exceção de Santa Cruz, onde venceu, e Santana, onde essa posição foi conquistada pelo CDS-PP, que concorreu sozinho ao escrutínio de hoje.

O PSD ganhou em 45 das 54 freguesias da região, falhando as cinco do concelho Santa Cruz, para o JPP; duas em Machico (Machico e Caniçal) e uma no Porto Moniz (Achadas da Cruz), para o PS; e uma na Calheta (Paul do Mar), para o CDS-PP, que aí obteve maioria absoluta.

No concelho da Calheta, o PSD venceu com maioria absoluta em seis das oito freguesias, com a maior votação da eleição a registar-se na freguesia de Prazeres (60%).

O PSD venceu hoje as eleições regionais na Madeira, com 36,13% dos votos e 19 mandatos, mas sem maioria absoluta, segundo os resultados finais provisórios.

O PS foi a segunda força mais votada, com 21,32%, e elegeu 11 deputados, e o Juntos pelo Povo (JPP) foi terceiro, com 16,89% e nove deputados, segundo dados da Secretaria-Geral do Ministério de Administração Interna.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorreram hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores foram chamados a votar.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional, aos quais concorreram 14 candidaturas (uma coligação e 13 partidos únicos).

Em relação às regionais de 24 de setembro de 2023, a única diferença em termos de concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.

As eleições antecipadas de hoje ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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por Lusa

Taxa de abstenção foi de 46,60%, semelhante à de 2023

A taxa de abstenção nas regionais da Madeira de hoje foi de 46,60%, muito próxima da de 46,65% registada nas eleições anteriores, segundo os resultados provisórios divulgados pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.

Depois de apuradas todas as freguesias, a abstenção situou-se nos 46,60%, quando estavam inscritos 254.522 eleitores (135.909 votantes).

Nas eleições do ano passado, a abstenção acabou por ficar nos 46,65% e, em 2019, nos 44,5%.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

O PSD venceu hoje as eleições legislativas regionais antecipadas, falhando por cinco deputados a maioria absoluta, segundo dados oficiais provisórios.

De acordo com informação disponibilizada pela Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, os sociais-democratas obtiveram 36,13% dos votos e 19 lugares no parlamento regional, constituído por um total de 47 deputados.

A maioria absoluta requer 24 assentos.

No ano passado, nas anteriores regionais, o PSD e o CDS-PP, que concorreram coligados, elegeram 23 deputados, pelo que os sociais-democratas assinaram um acordo de incidência parlamentar com a deputada única do PAN.

Catorze candidaturas disputaram hoje os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Conseguiram também eleger deputados o PS (11), o JPP (nove), o Chega (quatro), o CDS-PP (dois), a IL e o PAN, com um eleito cada. Saem da Assembleia Legislativa, em relação à anterior composição, o BE e a CDU.

As eleições antecipadas de hoje ocorreram oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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Rui Rocha diz que PS Madeira não deve perder tempo a falar com IL

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

O líder da Iniciativa Liberal falou sobre o resultado do partido na Madeira. Rui Rocha afirmou não estar completamente feliz mas aprecia a consolidação da IL no parlamento. Sobre o desafio de Paulo Cafôfo em falar com a IL, Rui Rocha foi perentório: "o melhor conselho que eu daria a Paulo Cafôfo é que não perca tempo connosco".

"Não vale a pena estar a investir o seu tempo com a Iniciativa Liberal, que se dedique a outros partidos".
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Madeira. PAN diz-se pronto para servir o povo da Madeira

Foto: Gregório Cunha - Lusa

Mónica Freitas mostrou-se feliz pela eleição de um deputado por parte do PAN e disse querer um programa sustentável para a Madeira.

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Nuno Melo salienta "desempenho notável" do CDS na Madeira

Foto: Hugo Delgado - Lusa

Nuno Melo, presidente do CDS, sublinha o contexto difícil do partido nestas eleições. O líder centrista destacou também a derrota da esquerda neste escrutínio.

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PS diz que é possível alternativa a um Governo do PSD

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

O líder do PS na Madeira, Paulo Cafôfo, afirmou este domingo que vai procurar dialogar com outras forças partidárias para chegar a uma alternativa de Governo.

Paulo Cafôfo disse que irá dialogar com todos os partidos mesmo à direita, à exceção do PSD e do Chega.

O líder do PS destacou que o PSD teve "o pior resultado de sempre" na Madeira.
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CDS Madeira afirmou que notícias da morte do CDS foram exageradas

José Manuel Rodrigues diz que as notícias sobre a morte do CDS foram exageradas.

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Madeira. Mariana Mortágua assume mau resultado

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

Mariana Mortágua diz que o resultado das eleições da Madeira são uma derrota para a esquerda. A coordenadora do Bloco de Esquerda afirma que é preciso refletir e que o partido vai continuar a ser uma força política na região.

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Madeira. Luís Montenegro saudou vitória do PSD de Miguel Albuquerque

Foto: António Pedro Santos - Lusa

O primeiro-ministro deu os parabéns ao PSD/Madeira e Miguel Albuquerque pela vitória nas eleições na Madeira. Luís Montenegro acredita que o triunfo é inequívoco e que o povo da Madeira e do Porto Santo mostraram a sua intenção.

"Os madeirenses escolheram com clareza e escolheram duas vezes, no espaço de oito meses, a mesma força política para liderar o governo regional e o mesmo candidato a assumir essa liderança".

Luís Montenegro afirmou o desejo de que possa ser gerada uma solução que dê governabilidade e estabilidade à Madeira e que haja condições para "o cumprimento da vontade popular".

O primeiro-ministro declarou que o PS e o Chega sofreram grandes derrotas e que não apresentam condições para serem governo na Madeira.

"É tempo de reclamar o respeito democrático, a humildade democrática àqueles que perdem".
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Madeira. Paulo Raimundo reagiu à saída da CDU do Parlamento

Foto: Manuel Fernando Araújo - Lusa

Paulo Raimundo considera que o resultado da CDU na Madeira é negativo para os trabalhadores da região. O líder do PCP afirmou não perceber a apreciação favorável ao governo de Miguel Albuquerque.

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Albuquerque está "agarrado ao poder como uma lapa", aponta André Ventura

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

O líder do Chega salientou que não há nenhuma possibilidade de acordo de governação com Miguel Albuquerque e considerou que o presidente do Governo regional não tem condições para se manter no poder.

Na reação aos resultados eleitorais na Madeira, o líder do Chega destacou o "afastamento da extrema-esquerda do Parlamento regional" e reiterou o objetivo de afastar estes partidos das instituições. Por outro lado, André Ventura sublinhou a "centralidade" do Chega na vida política na Madeira.
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Fecha a contagem dos votos na Madeira

Contada a última freguesia do Funchal, o PSD venceu as eleições regionais deste domingo, com 36,13 por cento dos votos, alcançando 19 mandatos. O PS teve uma votação similar à de 2023, com 21,32 por cento e mantém os 11 mandatos. O JPP é o partido que sobe mais nestas eleições. Depois dos mais de 14 mil votos em 2023, o Juntos Pelo Povo sobe para perto dos 23 mil votos. O partido acaba por eleger nove deputados. O Chega mantém os quatro mandatos, o CDS elegeu dois, e a Iniciativa Liberal e o PAN ficam com um deputado cada. Destaque ainda para a saída da CDU e do Bloco de Esquerda do Parlamento madeirense.
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Madeira. Miguel Albuquerque fala em vitória clara do PSD

Foto: Gregório Cunha - Lusa

Num discurso de vitória, Miguel Albuquerque falou numa vitória clara do PSD, numa derrota copiosa da esquerda, com a saída do Bloco de Esquerda e da CDU do parlamento madeirense e garantiu estar disponível para encetar diálogos.

O líder do PSD Madeira lembrou que o Chega não teve um resultado tão bom como há uns meses atrás e disse que o partido liderado nacionalmente por André Ventura necessita de mostrar "humildade".
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por RTP

Miguel Albuquerque fala em derrota copiosa da esquerda na Madeira

Num discurso de vitória, Miguel Albuquerque afirmou que a esquerda sofreu uma grande derrota, com o PS a ficar muito atrás e o Bloco de Esquerda e a CDU a saírem do parlamento regional. O líder do PSD Madeira garantiu que está disponível para fazer acordos.
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JPP vence em Santa Cruz

O JPP, Juntos Pelo Povo, venceu no concelho de Santa Cruz com 33 por cento dos votos. É a primeira vez que tal acontece numa eleição regional, fora do contexto autárquico.

Até este momento, o PSD lidera a contagem de votos, com o PS no segundo lugar.
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JPP espera resultados eleitorais

Miguel Ganança, do Juntos Pelo Povo, diz que o partido está a aguardar com serenidade o resultado destas eleições.

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Projeção. CDS espera conseguir manter grupo parlamentar na Madeira

Luís Miguel Rosa, do CDS Madeira, reagiu à projeção da Universidade Católica para a RTP e sublinha que o objetivo principal era a manutenção do grupo parlamentar. O responsável reconhece que o partido sai fragilizado após ter abandonado a coligação do governo regional.

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Madeira. Chega diz que foi o único partido à direita a crescer

O Chega lembrou que foi o único partido à direita a crescer na Madeira e que os resultados ainda são "frescos".

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por RTP

Madeira. PS diz que análises detalhadas são prematuras

O PS reagiu à projeção da Católica para a RTP e afirmou que fazer análises detalhadas ainda é cedo e que vai esperar pelos números finais para uma reação mais a fundo dos resultados da votação na Madeira.

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Madeira. PSD diz que projeções apontam para vitória clara do partido

O PSD Madeira já reagiu à projeção da Católica para a RTP. Para além de falar nos valores da abstenção que continuam a ser os mesmos do último ato eleitoral na região autónoma e que o PSD volta a vencer as eleições.

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por RTP

Projeção da Católica. PSD vence eleições mas volta a falhar maioria absoluta

Foto: Homem de Gouveia - Lusa

A projeção da Universidade Católica para a RTP aponta para uma vitória confortável do PSD, ainda que o partido não consiga alcançar a maioria absoluta, ao alcançar entre 16 e 21 lugares dos 47 da Assembleia Legislativa regional. O PS surge em segundo, entre os 11 e os 14 deputados, seguido do Juntos Pelo Povo, Chega, CDS-PP e Iniciativa Liberal.

Na segunda eleição em menos de um ano, o PSD mantém-se como o partido mais votado da região autónoma mas, tal como em setembro de 2023, falha a maioria absoluta. 

A sondagem da Universidade Católica para a RTP dá a vitória à força política liderada por Miguel Albuquerque, com um resultado entre os 33 e os 38 por cento, o que se traduz em 16 a 21 mandatos.

De seguida surge o PS, de Paulo Cafôfo, com 21 a 25 por cento dos votos, ou seja, podendo alcançar entre 11 a 14 mandatos da assembleia regional.

A terceira força política na Madeira deverá ser o Juntos Pelo Povo (JPP), com 16 a 19 por cento dos votos, que se traduzem em sete a dez mandatos. Segue-se o Chega, que deverá ter entre oito e 11 por cento dos votos, ou seja, poderá conseguir entre três a cinco deputados.

Surge depois o CDS-PP, entre dois e cinco por cento dos votos, ou seja, entre um e dois mandatos. 

Logo de seguida, a Iniciativa Liberal garante a eleição de um deputado, ao alcançar entre um a três por cento dos votos.

Ainda que possam alcançar este mesmo resultado eleitoral, há três partidos que, de acordo com esta sondagem, correm o risco de não conseguir eleger qualquer deputado: PAN, Bloco de Esquerda e CDU.

Ficha técnica

Esta sondagem foi realizada pelo CESOP–Universidade Católica Portuguesa para a
RTP no dia 26 de maio de 2024. O universo alvo é composto pelos votantes
na eleição para a Assembleia Legislativa da região Autónoma da Madeira. Foram
selecionadas dezassete freguesias da R.A.M. de modo a garantir que as médias dos
resultados eleitorais das últimas eleições nesse conjunto de freguesias (ponderado o peso
eleitoral de cada freguesia) estivessem a menos de 1 ponto percentual dos resultados das
cinco candidaturas mais votados em cada eleição. Os inquiridos foram selecionados
aleatoriamente à saída dos seus locais de voto e foi-lhes pedido uma simulação de voto
em urna. Foram obtidos 10057 inquéritos válidos. A taxa de resposta foi de 72%.


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por RTP

Projeção da Católica para a RTP dá vitória para o PPD/PSD Madeira

A projeção da Universidade Católica para a RTP aponta a vitória do PPD/PSD com 33 a 38 por cento dos votos. Isto dá cerca de 16 mandatos mínimos e 21 máximos, o que não leva o partido liderado por Miguel Albuquerque a uma maioria absoluta. Em segundo lugar fica o PS com 21 a 25 por cento dos votos e terá entre 11 a 14 mandatos. Na terceira posição aparece o Juntos Pelo Povo (JPP), com 16 a 19 por cento dos votos, e sete a 10 mandatos. O Chega fica na quarta posição na votação, com oito a 11 por cento dos votos dos madeirenses, podendo ter três a cinco mandatos no parlamento regional. Seguem-se CDS-PP, que poderá entre um a dois mandatos, o Iniciativa Liberal que deverá eleger um deputado e o PAN, que ainda não sabe se volta a colocar um deputado no Parlamento madeirense, tal como Bloco de Esquerda e CDU.
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18h30 - Projeção da abstenção
por RTP

Projeção da Universidade Católica prevê 44 a 49% de abstenção

A projeção da Universidade Católica estima que a abstenção nas eleições da Madeira fique entre os 44 e os 49 por cento.

A estimativa de participação foi calculada com base nos resultados de participação eleitoral às 16h00 divulgados pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna e não com base na sondagem à boca da urna.

A abstenção foi de 46,65% nas eleições do ano passado e de 44,5% em 2019.
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por RTP

Madeira. Pequena diminuição dos votantes às 17h00

A votação na Madeira para um novo governo regional continua. Às 17h00, perto da final da Taça de Portugal, as votações registam um pequeno decréscimo quando comparadas com as eleições do ano passado.

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por Lusa

Afluência às urnas de 40,52% até às 16

As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 16:00, uma afluência às urnas de 40,52%, semelhante à verificada em 2023, de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Nas eleições regionais anteriores, em 2023, a afluência às urnas era de 39,9% até à mesma hora, também muito próxima dos 40,79% registados em 2019.

A abstenção acabou por ficar nos 46,65% no ano passado e nos 44,5% em 2019.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar, para escolher um novo parlamento e um novo governo.

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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por Lusa

Albuquerque revela hoje "parceiro favorito" se não tiver maioria absoluta

O cabeça de lista do PSD às eleições legislativas que hoje decorrem na Madeira, Miguel Albuquerque, reafirmou temer a ingovernabilidade na região e prometeu indicar o "parceiro favorito" para acordos, caso vença sem maioria absoluta, após a divulgação dos resultados.

"O parceiro favorito digo-lhe mais logo depois de ter a leitura dos resultados", disse aos jornalistas, depois de ter explicado que o "problema da governabilidade" decorre da "leitura da vontade popular".

Miguel Albuquerque falava aos órgãos de comunicação social após ter votado numa secção instalada na Escola Básica da Ajuda, na freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, tendo admitido haver já cansaço da população face aos atos eleitorais sucessivos, nomeadamente as regionais de setembro de 2023, as nacionais de março e agora a regionais antecipadas.

"Claro que há um desgaste", afirmou, para logo acrescentar: "Nós tivemos três eleições de seguida e isto desgasta as instituições, as pessoas estão cansadas, mas eu acho que é positivo, neste momento, termos um índice de participação mais ou menos semelhante às últimas [regionais]."

Questionado se se sentia responsável por esse cansaço, o candidato social-democrata disse que "não" e considerou que a responsabilidade é de "quem anda sempre a marcar eleições", acusando o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O senhor Presidente da República sabe qual foi a nossa sugestão, mas nós não vamos discutir o passado. Temos que olhar é para a frente e para o futuro", disse e explicou: "A nossa ideia é que tínhamos ganho em setembro [regionais], as eleições de março [nacionais] tinham ratificado a maioria [do PSD na região], aliás com mais [cerca de] 2.000 votos e não era necessário fazer eleições, uma vez que o presidente do Governo e candidato era o mesmo."

"Não foi esse o entendimento do senhor Presidente da República, portanto, nós neste momento estamos outra vez no escrutínio", acrescentou.

O cabeça de lista social-democrata, também líder do partido na região e presidente demissionário do executivo PSD/CDS-PP, disse ainda que a campanha da sua candidatura assentou no mote de que o "princípio da governabilidade, do equilíbrio e da confiança" é necessário para o desenvolvimento da região, vincando que "os madeirenses e os porto-santenses estão cientes disso".

"Vamos ver se isso tem reflexo nas urnas", disse.

Questionado sobre as reservas colocadas por todos os outros partidos para acordos consigo, caso vença sem maioria absoluta, Albuquerque foi perentório, ao afirmar: "Se não for eu, vão fazer com quem?"

"Eu é que sou o líder do partido. Portanto, isso é tudo fantasia", declarou, esclarecendo o PSD é um partido democrático e que o líder do partido está sujeito ao escrutínio pelos militantes.

Miguel Albuquerque insistiu na questão da governabilidade da região e reiterou o alerta para as "contingências da ingovernabilidade".

"Temo que a Madeira, à semelhança do que acontece no país, [fique] sujeita às contingências da ingovernabilidade e as contingências da ingovernabilidade levam à falta de confiança, levam ao adiamento de decisões, levam ao adiamento de investimentos e levam, sobretudo, depois à regressão económica e social", disse, realçando que a região assinala atualmente um "crescimento ímpar" em todos os setores.

O candidato do PSD declarou, por outro lado, não temer que as suas declarações à saída da secção de voto possam ultrapassar o legalmente permitido por lei em dia de eleições, sublinhando que se limitava a responder às perguntas.

"Vocês fazem as perguntas e eu dou as respostas", disse e acrescentou: "Eu sei que a gente, ultimamente, anda todos a pisar ovos, é o politicamente correto, não se pode dizer nada."

E reforçou: "Vocês fazem uma pergunta, eu tenho de responder. Se é para pisar ovos então não digo nada. Faço um sorriso e digo que o tempo está bom."

Nas eleições de hoje, 14 candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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Madeirenses regressam às urnas pela terceira vez nos últimos meses

Contando também com as eleições legislativas esta é a terceira vez que os madeirenses vão a votos nos últimos meses. O cansaço dos eleitores pode ser um dos inimigos nesta votação.

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Eleições na Madeira. Candidatos apelam ao voto para combater elevada abstenção

Em dia de ir às urnas os candidatos estão alinhados. Apelam ao voto para que o tema da noite não sejam os níveis elevados de abstenção.

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por Lusa

Afluência às urnas de 20,22% até ao meio-dia

As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 12:00, uma afluência às urnas de 20,22%, semelhante à verificada em 2023, de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna

Nas eleições regionais anteriores, em 2023, a afluência às urnas era de 20,98% até à mesma hora, muito próxima dos 20,97% registados em 2019.

A abstenção acabou por ficar nos 46,65% no ano passado e nos 44,5% em 2019.

Em 2015, com uma taxa de abstenção de 50,42%, bateu-se o recorde desde 1976, quando se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar, para escolher um novo parlamento e um novo governo.

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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Miguel Albuquerque acusa Presidente da República de ser responsável por tantas eleições seguidas

Os madeirenses votam hoje nas segundas eleições em oito meses. Foram desencadeadas por uma crise política provocada por uma investigação judicial. Miguel Albuquerque do PSD acusa o Presidente da República de ser responsável por tantas eleições seguidas.

Paulo Cafôfo, o candidato do PS, espera que o ato eleitoral decorra em normalidade democrática e diz que o voto é uma arma.
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por Lusa

Líder do CDS-PP apela a voto com responsabilidade para resolver crise

O cabeça de lista do CDS-PP às eleições antecipadas que decorrem hoje na Madeira, José Manuel Rodrigues, considerou este sufrágio "o mais importante" para os madeirenses, apelando para que votem com responsabilidade para resolver a crise política nas região.

"Estas são as eleições mais importantes para os madeirenses e porto-santenses", disse o também líder do CDS-PP/Madeira à agência Lusa após ter votado na mesa da Câmara Municipal do Funchal.

Salientando que o voto "para além do direito é também um dever", José Manuel Rodrigues, que foi presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 2019, sustentou que os madeirenses devem votar "com sentido de responsabilidade".

No seu entender, esta é a forma da Madeira ter "um quadro parlamentar que permita viabilizar um novo governo e, sobretudo, aprovar um orçamento que é absolutamente imprescindível à vida economia e social da região, aos cidadãos, famílias e às empresas".

Questionado sobre a abstenção, o candidato argumentou que "se nas últimas eleições para a Assembleia da República houve uma descida da abstenção", também perspetiva que "desta vez os níveis de votação possam manter-se ou até melhorar em relação às últimas eleições".

José Manuel Rodrigues recusou falar sobre eleição de deputados do partido, que nas últimas regionais, em 24 de setembro de 2023, concorreu em coligação com o PSD e garantiu três lugares no parlamento regional.

"Eu não gostaria de falar de partidos. Vamos falar da região. Estamos também hoje, é preciso que as pessoas tenham consciência disso, a defender a autonomia e a defender a democracia", declarou.

Para José Manuel Rodrigues, "a autonomia foi pouco abordada nestas eleições", insistindo que "não podemos deixar cair a bandeira da autonomia porque é essa capacidade de autogoverno que faz com que a Madeira possa ter progredido no passado e possa vir a desenvolver-se no futuro".

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar e 14 candidaturas se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.

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por RTP

Eleições na Madeira. Albuquerque já votou e frisa que três actos eleitorais podem "causar cansaço"

O cabeça de lista do PSD considera que três atos eleitorais pode "causar algum cansaço nas pessoas" e que o culpado pela situação é quem "anda sempre a marcar eleições". Miguel Albuquerque recorda que o "Presidente da República sabe qual foi a nossa sugestão" que era manter o executivo em funções.

O líder do PSD Madeira considera ainda que o arquipélago "não pode entrar num cenário de instabilidade política", e que no pior que pode acontecer é "um clima de incerteza".

Sobre as declarações que prestou no dia da votação, Miguel Albuquerque é perentório, "mudem as leis. É como a história de não fazer campanha num dia".

O atual presidente do governo regional destacou o facto de a abstenção estar mais elevada do que nas eleições legislativas regionais de setembro de 2023.
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por Lusa

Élvio Sousa (JPP) defende que responsabilidade de cada um não deve ser delegada

O cabeça de lista do JPP às eleições regionais da Madeira, Élvio Sousa, lembrou hoje que o direito ao voto "custou muito a conquistar", defendendo que a responsabilidade e consciência de cada um não devem ser delegadas nos outros.

"Normalmente este tipo de chuva miudinha traz alegrias e traz alguma frescura", antecipou Élvio Sousa, em declarações aos jornalistas, num centro paroquial, na freguesia de Gaula, depois de ter exercido o seu voto.

O secretário-geral do Juntos pelo Povo e líder parlamentar na Assembleia Legislativa Regional sublinhou que, numa altura em que se celebram os 50 anos do 25 de Abril de 1974, é importante lembrar "que custou muito a conquistar o voto, sobretudo votar em consciência, em tranquilidade".

"A Constituição é muito clara e hoje é um dia de lembrar isso. O poder político pertence ao povo e nunca devemos delegar nos outros a nossa responsabilidade e a nossa consciência. É esta a mensagem que eu gostaria de passar no dia de hoje, de frescura, de chuva miudinha, mas eu penso que durante a tarde com certeza vai abrir", afirmou Élvio Sousa.

O candidato admitiu que as pessoas poderão estar "cansadas" das várias eleições num curto espaço de tempo, mas acredita que "a abstenção não vai ser uma referência" neste sufrágio.

Nas eleições de hoje, 14 candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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por Lusa

IL diz que abstenção deve preocupar todos e que estas são eleições especiais

O cabeça de lista da IL às eleições regionais da Madeira, Nuno Morna, considerou hoje que a abstenção deve preocupar toda a gente, realçando que o partido tudo fez para convencer os eleitores de que estas são eleições especiais.

"A abstenção é sempre um fator que preocupa e deve preocupar todas as pessoas, inclusivamente aqueles que exercem esse direito, porque também é um direito que as pessoas têm de não votar. Nós tudo fizemos para convencer as pessoas de que estão são eleições muito especiais e muito particulares, no sentido em que podem proporcionar mudanças significativas no espetro político regional", afirmou Nuno Morna, em declarações aos jornalistas.

O cabeça de lista e coordenador regional da IL falava na Escola da Vargem, no Caniço, concelho de Santa Cruz, depois de ter exercido o seu voto, às 10:45.

"Agora cada um dos madeirenses fará a sua análise, se nós, os partidos, conseguimos passar essa mensagem, eu penso que a abstenção irá baixar, se não conseguimos falhámos e, como tal, as pessoas vão ficar em casa, em números superiores, por exemplo, aos das últimas legislativas, onde houve uma redução significativa da abstenção", referiu.

Nuno Morna, que foi eleito deputado único nas regionais de setembro do ano passado, defendeu que a culpa da abstenção "é sempre dos partidos, queiram os partidos ou não".

"Somos nós, as pessoas que participam na política ativa que temos a obrigação de convencer as pessoas ou de mostrar às pessoas as virtualidades da atividade política", reforçou.

Nas eleições de hoje, 14 candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

TFS // MSF

Lusa/Fim

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por Lusa

Roberto Almada do BE apela ao voto "para não deixar vencer abstenção"

O cabeça de lista do Bloco de Esquerda às eleições regionais na Madeira, Roberto Almada, apelou hoje a que os madeirenses "acorram às urnas" e "não deixem" a abstenção vencer, lembrando a importância para o futuro da região.

"O que eu espero também enquanto eleitor é que as pessoas acorram às urnas e não deixem que seja a abstenção a vencer este ato eleitoral que é importantíssimo para o futuro da Madeira e dos madeirenses", disse o cabeça de lista do BE.

Roberto Almada falava à Lusa, via telefone, depois de votar numa secção de voto da freguesia de São Martinho, instalada na Universidade Sénior, no Funchal.

O candidato do BE acrescentou, igualmente, que "quem quer uma terra melhor e um futuro melhor, só o poderá ter se exercer o seu direito de voto".

Dessa forma, Roberto Almada apelou para que todas as pessoas vão votar, "tirando um bocadinho do seu tempo" e aproveitando o sol e bom tempo que se faz sentir na região.

Quanto aos resultados do ato eleitoral em si, Roberto Almada salientou estar "muito confiante" e, desse ponto de vista, "[a] aguardar serenamente pela decisão dos eleitores".

Mais de 254 mil eleitores são chamados hoje a votar e 14 candidaturas apresentam-se para formar um novo parlamento regional - 47 lugares - e um novo governo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estão abertas entre as 08:00 e as 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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por Lusa

Representante da República "preparado para todos os cenários"

O representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, admitiu estar preocupado com a abstenção nas eleições regionais que decorrem hoje e adiantou estar "preparado para todos os cenários".

O juiz conselheiro referiu esperar que estas eleições antecipadas resolvam a crise política gerada com a demissão do presidente do Governo Regional (PSD/CDS), o social-democrata Miguel Albuquerque na sequência da investigação judicial relacionada com suspeitas de corrupção, em janeiro, que resultou em ser constituído arguido.

"Espero que sim, por isso é que fazemos eleições", respondeu quando questionado sobre a situação.

O juiz conselheiro acrescentou: "Espero que todos votem, os que podem devem votar para que nós tenhamos uma solução que resolva os nossos problemas".

O representante, que votou na secção da Câmara Municipal do Funchal, argumentou que votar é um direito e um dever.

"Nós temos uma grande responsabilidade, temos o nosso presente e o nosso futuro. O nosso presente e o nosso futuro dependem das eleições e do resultado das eleições que hoje decorrem", sublinhou.

Ireneu Barreto insistiu que "há tempo para tudo", para ir à serra, ao mar e também para votar.

Falando sobre a abstenção, o juiz conselheiro disse estar "preocupado, porque a taxa é elevada" na Madeira.

Mas, considerou que se deve "relativizar o problema da abstenção", já que existem "40 e tal mil eleitores fantasma".

"De qualquer modo, a abstenção em setembro [nas últimas eleições regionais] foi por volta de 46%, se deduzirmos 17% andará na casa dos 30%. Na minha perspetiva é muito. Devíamos ter uma abstenção na casa dos 20%, era ótimo", argumentou.

O representante da República ainda apontou estar "preparado para todos os cenários" que saiam das eleições antecipadas de hoje", salientando que "em democracia há sempre soluções".

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar e 14 candidaturas se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estarão abertas entre as 08:00 e as 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.

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por RTP

Eleições na Madeira. Paulo Cafôfo já votou e afirma que "poder está nas mãos" dos eleitores

O cabeça de lista do PS às eleições legislativas na Madeira já exerceu o seu direito de voto. Aos jornalistas, Paulo Cafôfo afirmou que "os madeirenses têm o poder nas suas mãos. Às vezes esquecem-se que o voto é uma arma".

O líder socialista apelou ainda ao voto para que a abstenção não seja elevada e frisou que estas são as "eleições mais importantes da autonomia" do arquipélago.

Cafôfo recordou que este ano se celebram os 50 anos do 25 de Abril, "a data maior da nossa história que possibilitou, não só a democracia, mas a autonomia"
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por Lusa

Mónica Freitas do PAN apela ao voto e espera ser reeleita

A cabeça de lista do PAN às eleições regionais da Madeira, Mónica Freitas, apelou hoje ao voto, argumentando que o futuro da região é responsabilidade de cada cidadão, e espera ser reeleita deputada.

"Deixo esse apelo, todas as pessoas que vão votar, porque é responsabilidade de todos nós o resultado desta noite e é importante que todos nos sintamos envolvidos nas decisões políticas e em quem queremos que nos represente na Assembleia Legislativa Regional", afirmou Mónica Freitas, em declarações aos jornalistas, depois de exercer o seu voto, na Escola das Figueirinhas, na freguesia do Caniço, concelho de Santa Cruz, cerca das 10:00.

A também porta-voz do PAN/Madeira, que foi eleita deputada única nas regionais de setembro do ano passado, considerou que "desta vez as pessoas também estão mais alertas e conscientes para a importância do seu voto, a importância que isso terá para o rumo e para o futuro da região".

Questionada se espera manter o número de deputados no parlamento regional, Mónica Freitas, referiu a ligeira subida em número de votos nas últimas legislativas nacionais, apontando que acredita que também na Madeira poderá acontecer esse crescimento.

"Nesse sentido, esperamos pelo menos manter esse eleitorado dos 3.000 [número de votos nas últimas regionais] de forma a conseguirmos eleger novamente uma pessoa, neste caso eu, para estar representada na Assembleia Legislativa Regional", realçou.

Nas eleições de hoje, 14 candidaturas disputam os 47 lugares do parlamento regional, num círculo único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS-PP venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

 

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por Lusa

Candidato da CDU confiante na etapa "para mais e melhor democracia" na região

O cabeça de lista da CDU (PCP/PEV) na Madeira, Edgar Silva, mostrou-se hoje confiante naquela que considera ser uma etapa "para mais e melhor democracia" na região.

"Aqui nesta escola, que tem muita participação, ainda é cedo para ter indicadores acerca da mobilização das pessoas para a participação ativa no ato eleitoral, mas eu estou confiante que esta será uma importante etapa, nesta região, para que possamos ter mais e melhor democracia", disse Edgar Silva.

Edgar Silva falava à Lusa depois de votar numa secção de voto da freguesia de Santa Luzia, instalada na Escola Secundária Francisco Franco, no centro do Funchal.

O também coordenador regional da CDU reiterou estar expectante que do ato eleitoral de hoje "resultarão melhores condições para que a Região Autónoma da Madeira possa ter a perspetivas de mais e melhor democracia no futuro".

Mais de 254 mil eleitores são chamados hoje a votar e 14 candidaturas apresentam-se para formar um novo parlamento e um novo governo.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estão abertas entre as 08:00 e as 19:00.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

O executivo está desde então em gestão.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.

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por RTP

Eleições regionais. Madeira vai a votos pela segunda vez em menos de oito meses

Nuno Patrício - RTP

As 292 secções de voto distribuídas pelas 54 freguesias dos 11 concelhos do arquipélago estão abertas entre as 8h00 e as 19h00. Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), estão inscritos 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha do Porto Santo.

Relativamente às eleições de setembro de 2023, estão inscritos mais 645 eleitores.

Nas eleições de 24 de setembro, a abstenção foi de 46,65 por cento, tendo votado 135.446 eleitores (53,35 por cento).

O valor recorde da abstenção desde 1976, ano das primeiras eleições para a Assembleia Legislativa da Madeira, registou-se em 2015, quando não foram votar 50,42 por cento dos 256.755 eleitores inscritos.

Em disputa nas eleições, com um círculo único, estão 47 lugares da Assembleia Legislativa Regional e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

Nas legislativas regionais, o representante da República, cargo ocupado por Ireneu Barreto, convida uma força política a formar governo em função dos resultados (que têm de ser publicados), após a auscultação dos partidos com assento parlamentar na atual legislatura.
Eleitores escolhem hoje novo parlamento regional

Os eleitores são chamados a votar em 14 candidaturas que se apresentam para formar um novo parlamento e um novo governo.

Na corrida estão uma coligação e 13 partidos únicos. Em relação às eleições regionais de 2023, a única diferença em termos de partidos concorrentes é o facto de PSD e CDS-PP (que governaram juntos nas duas últimas legislaturas) se apresentarem em listas distintas, quando no ano passado foram a votos coligados.

Encabeçam as candidaturas Miguel Pita (ADN), Roberto Almada (BE), Paulo Cafôfo (PS), Marta Sofia (Livre), Nuno Morna (IL), (Liana Reis) RIR, Edgar Silva (CDU - PCP/PEV), Miguel Castro (Chega), José Manuel Rodrigues (CDS-PP), Válter Rodrigues (MPT), Miguel Albuquerque (PSD), Mónica Freitas (PAN), Raquel Coelho (PTP) e Élvio Sousa (JPP).

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

c/ Lusa


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por Diogo Pereira - Antena 1

Um quarto dos madeirenses vive em situação de pobreza

Diogo Pereira - Antena 1

Na contagem decrescente para as eleições na Madeira, um dos temas de campanha prende-se com as dificuldades económicas que atingem parte da população do arquipélago. De acordo com o recente relatório Portugal Balanço Social, um em cada quatro madeirenses vive em situação de pobreza.

Há mesmo quem não consiga pagar os alimentos. E, nestes casos, é a ajuda de instituições, como a associação CASA, que acaba por valer às pessoas carenciadas.


Os madeirenses vão a votos, no próximo domingo, para eleger um novo Governo Regional.
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por Marco António Sousa - Antena 1

Madeira `plantada` de cartazes políticos

Marco António Sousa - Antena 1

No arquipélago da Madeira, os partidos espalharam cartazes por todo o lado, com apelos ao voto, a pouco mais de uma semana das eleições regionais.

O repórter Marco António Sousa, da Antena 1 Madeira, percorreu o centro do Funchal, onde são bem visíveis, os sinais de que se aproxima o momento de dar a palavra aos eleitores.

As eleições antecipadas na Madeira estão marcadas para dia 26 de Maio.
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por Diogo Pereira - Antena 1

Cerca de 5% dos habitantes da Madeira têm nacionalidade venezuelana

Nuno Patrício - RTP

Cerca de cinco por cento dos habitantes da Madeira têm nacionalidade venezuelana. É a comunidade mais representativa na Região Autónoma. Nos anos de 1940, foram muitos os madeirenses que procuraram na Venezuela melhores condições de vida, mas nos últimos anos a tendência mudou.

Muitos constituíram família por lá e voltaram à ilha onde nasceram. Agora, os venezuelanos veem na Madeira um porto seguro e um melhor futuro.

Em julho, também se vota na Venezuela, mas a comunidade não acredita em alterações existentes pelo atual regime.

Esta sexta-feira é o último dia de campanha na Madeira. Miguel Albuquerque, do PSD, e Paulo Cafôfo, do PS: um deles deverá conquistar a presidência do Governo Regional.
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por Cristina Sambado - RTP

Madeirenses regressam às urnas para eleger a Assembleia Legislativa Regional

Nuno Patrício - RTP

Oito meses depois, os madeirenses regressam às urnas no próximo dia 26 de maio para eleger a Assembleia Legislativa Regional. As eleições antecipadas ocorrem depois de o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento da Madeira, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção. A campanha eleitoral para a escolha dos 47 deputados arrancou no passado dia 12 e envolve 14 candidaturas.

As buscas da Polícia Judiciária em vários locais da ilha da Madeira, que decorreram a 24 de janeiro, precisamente quatro meses depois das últimas eleições para a Assembleia Legislativa Regional, levaram a que Miguel Albuquerque, juntamente com o presidente da câmara do Funchal de dois empresários de um grupo de construção, fossem constituídos arguidos por suspeitas de corrupção.
A Polícia Judiciária realizou diligências na sede do executivo insular, na Quinta Vigia, na residência de Miguel Albuquerque e em vários departamentos do Governo Regional.

Um dia depois das diligências da Polícia Judiciária no arquipélago, Miguel Albuquerque pediu o levantamento da imunidade parlamentar como presidente do Governo regional e membro do Conselho de Estado, mas garantiu que apesar de ser constituído arguido não ia apresentar a demissão do cargo que ocupa desde 2015.
No entanto, a 26 de janeiro, o presidente do Governo regional da Madeira acabou por apresentar a renúncia ao mandato em “nome da estabilidade na região”.
A exoneração foi publicada em Diário da República a 5 de fevereiro. A demissão foi aceite nom mesmo dia pelo representante da República para a Madeira, Irineu Barreto.
As buscas da Polícia Judiciária decorreram numa altura que o orçamento para a região ainda não tinha sido aprovado. Na ocasião, o Presidente da República defendeu que Miguel Albuquerque deveria manter-se à frente do executivo madeirense até à aprovação do documento.
Como as últimas eleições regionais no arquipélago tinham decorrido há menos de seis meses, o chefe de Estado não podia dissolver o Parlamento. Algo que só aconteceu a 27 de março, após Macelo Rebelo de Sousa ter recebido os partidos com assento parlamentar na Madeira e ouvir o Conselho de Estado.
Desde o início de fevereiro, que o Governo da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, com o apoio parlamentar do PAN, está em gestão.
Tribunal validou 14 candidaturas
Depois de toda esta crise política no arquipélago da Madeira, arrancou no passado dia 12 a campanha eleitoral e os 13 partidos e uma coligação vão estar na estrada durante duas semanas a convencer o eleitorado.
Em disputa estão os 47 lugares do hemiciclo da Assembleia Legislativa Regional da Madeira e, segundo dados do Ministério da Administração Interna, estão recenseados para votar 254.522 eleitores.

Concorrem 14 candidaturas, que surgem no boletim de voto ordenadas por Alternativa Democrática Nacional (ADN), Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS – Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).
Quem são as forças que concorrem?
Alternativa Democrática Nacional

O Alternativa Democrática Nacional (ADN), ex-PDR (Partido Democrático Republicano), volta a tentar entrar no parlamento da Madeira e quer melhorar o resultado eleitoral das legislativas regionais de 2023.

O ADN diz ser “um partido visionário” e tem também como objetivo impedir uma maioria absoluta do PSD, que governa as ilhas desde as primeiras eleições em democracia.

Assegura não ter “qualquer compromisso” para eventuais coligações ou acordos pós-eleitorais, sobretudo com os partidos com maior representação, o PSD e o PS.

O partido repete Miguel Pita como cabeça de lista e o candidato considera que os resultados obtidos no mais recente sufrágio ficaram “aquém das expectativas”, por não terem sido suficientes para garantir uma representação na Assembleia Legislativa. O partido foi, aliás, o menos votado num universo de 13 candidaturas nas eleições de 24 de setembro de 2023.

O ex-militante do Chega Miguel Pita, rosto de várias manifestações contra o excesso das medidas restritivas contra a covid-19 aplicadas na Madeira, é natural do Funchal, nasceu em 27 dezembro de 1972 e é gerente hoteleiro de profissão.
Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do ADN à RTP Madeira.

Miguel Pita foi candidato do Chega a uma junta de freguesia em 2020 e nas legislativas nacionais de 2022. No entanto, diz que a sua filiação no partido de André Ventura foi “pura ilusão” e em 2023 tornou-se militante do ADN, tendo encabeçado a lista às legislativas madeirenses nesse ano.

Miguel Henrique Silva Pita, que reside no concelho da Ribeira Brava, na zona oeste da Madeira, diz que o objetivo do ADN nas antecipadas de 26 de maio é eleger um deputado, mas avisa que o partido não está disponível para acordos pós-eleitorais com nenhuma outra força política.

Bloco de Esquerda

O Bloco de Esquerda (BE), que conseguiu regressar à Assembleia da Madeira nas últimas regionais ao eleger um deputado, concorre nestas eleições antecipadas para reforçar a sua representação, considerando o sufrágio “uma oportunidade para ouvir o povo” do arquipélago.

Depois de no mandato iniciado em 2015 ter dois deputados, o partido perdeu a presença parlamentar em 2019, mas recuperou um lugar em setembro de 2023.

O BE estreou-se na Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições de 17 de outubro de 2004, elegendo um deputado, que manteve nas eleições seguintes, e perdeu a representação em 2011.

Herdeiro da UDP, esta força política chegou a conseguir, em 1988, três deputados regionais.

Volta a apostar no antigo líder da estrutura regional do partido Roberto Almada, para encabeçar a lista de candidatos, e considera a sua representação parlamentar “uma mais-valia” no combate ao histórico de maiorias absolutas no arquipélago, assumindo-se como uma voz reivindicativa.

Roberto Carlos Teixeira Almada nasceu no Funchal, concelho onde reside, em 16 de novembro 1970 e estreou-se na política regional em 1999, mas só ocupou o lugar de deputado em 2008 para substituir o histórico líder da UDP/Madeira Paulo Martins.Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do BE à RTP Madeira.

Depois de ter coordenado o BE/Madeira durante cerca de uma década, Roberto Almada, que é técnico superior de Educação Social, afastou-se da vida política quando perdeu as eleições internas em 2018, das quais Paulino Ascensão saiu vencedor.

Em setembro de 2023, aceitou o desafio de encabeçar a lista do partido e foi eleito com 3.035 votos (2,30 por cento), num universo de 135.446 votantes.

Partido Socialista


O Partido Socialista (PS), o maior partido da oposição na Região Autónoma da Madeira ao longo de cinco décadas de democracia, tem como principal objetivo afastar o PSD da governação e diz ser a única alternativa.

Nas regionais de 2019, o PS obteve 36,59 por cento, o seu melhor resultado, e elegeu 19 mandatos, num universo de 47 parlamentares. Em 2023, porém, ficou reduzido a 11 assentos.

O partido já tinha conseguido 19 representantes no parlamento da Madeira, nas eleições de 2004, quando a assembleia tinha 68 lugares, mas com uma percentagem de votos inferior.

Como é sua tradição, os socialistas madeirenses apresentam o líder regional como cabeça de lista e Paulo Cafôfo assume ser o principal adversário do atual presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque (PSD).

Professor, licenciado em História, Paulo Alexandre Nascimento Cafôfo tornou-se conhecido por ter encabeçado a lista que retirou pela primeira vez o poder ao PSD na Câmara Municipal do Funchal, em 2013, e por ter desempenhado o cargo de secretário de Estado das Comunidades no último Governo PS de António Costa.
Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do PS à RTP Madeira.
Liderou a autarquia do Funchal entre 2013 e 2019, ano em que deixou o cargo para encabeçar a lista do PS às regionais, tendo o partido obtido o melhor resultado de sempre com a eleição de 19 deputados.

Em 2020 foi eleito presidente do PS/Madeira, mas demitiu-se em setembro de 2021 alegando o mau resultado do partido nas eleições autárquicas. Em março deste ano, encabeçou a lista socialista de candidatos pelo círculo da Madeira à Assembleia da República e foi eleito deputado.

Nascido em 18 de maio de 1971 (tem 52 anos e celebrará o aniversário durante a campanha), na freguesia de Santa Luzia, no concelho do Funchal, onde reside, Paulo Cafôfo quer agora “virar a página” na região autónoma.

Livre


O Livre (L) estreou-se nas eleições legislativas regionais em setembro de 2023 e continua a querer devolver a “esperança” madeirenses com a conquista de um deputado.

A eleição de “uma voz livre para o parlamento regional, uma voz de protesto, de denúncia, mas também de propostas”, é o objetivo para as regionais antecipadas. O Livre recusa viabilizar qualquer proposta de governo à direita se conseguir entrar na Assembleia Legislativa. Habitação, saúde e ecologia são as áreas que a lista considera fundamentais.Assista aqui à entrevista da cabeça de lista do Livre à RTP Madeira.

Marta Sofia, profissional de cultura, é a cabeça de lista partido, a candidata, que tem 40 anos, (concorre como independente) e quer “dar esperança” às pessoas que estão descrentes da política e dos políticos.

Marta Sofia Vieira Silva, natural do Funchal que reside atualmente no concelho de Santa Cruz, que já militou no PEV e no BE, garante que, se for eleita, não viabilizará “nenhum governo do PSD ou à direita”, sublinhando que também não apoiará quem compactua com os social-democratas, que governam a região autónoma desde 1976.

Iniciativa Liberal

A Iniciativa Liberal (IL), que elegeu um deputado à segunda tentativa em regionais madeirenses, em setembro de 2023, ambiciona crescer e reforçar a sua representação parlamentar. O coordenador do núcleo regional da IL, o deputado único Nuno Morna, volta a ser o cabeça de lista neste sufrágio, assumindo que a afirmação do liberalismo é “uma jornada” e “uma maratona” que leva o seu tempo.

A candidatura assegura que, no atual contexto político e com os protagonistas regionais, é impossível qualquer entendimento e estão “fora de questão” acordos com Miguel Albuquerque (PSD) e com o PS.

O cabeça de lista pretende insistir em propostas suas chumbadas na minilegislatura que agora terminou: o voto antecipado em mobilidade, a redução de 30 por cento prevista na Lei das Finanças Regionais para todos os impostos e a criação de um portal da transparência.
Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do Iniciativa Liberal à RTP Madeira.
O ator e produtor teatral Humberto Nuno de Carvalho Homem e Morna Gomes, que nasceu em 17 de fevereiro de 1961 (tem 63 anos), na freguesia de São Pedro do Sul, no distrito de Viseu, é também técnico de aeronáutica da NAV - Navegação Aérea, integra a IL desde 2017, sendo um dos fundadores do partido, do qual foi membro do Conselho Nacional. Integra atualmente a Comissão Executiva e é coordenador do núcleo da Madeira.

Nuno Morna, que tem o 12.º ano e frequência universitária, é uma cara conhecida pela sua participação na vida cultural durante 40 anos. Colaborou durante mais de uma década com a RDP e a RTP na Madeira, apresentando, realizando e produzindo programas, e regista várias participações em séries televisivas. O seu nome está também ligado à fundação da Companhia de Teatro da Madeira (COM.TEMA).

Reagir, Incluir e Reciclar


O Reagir, Incluir e Reciclar (R.I.R), que concorre pela terceira vez em eleições regionais, pretende eleger um deputado e rejeita qualquer entendimento político com outros partidos se alcançar esse objetivo. O partido candidatou-se pela primeira vez a regionais no arquipélago em 2019, mas não conseguiu então reunir votos suficientes para eleger deputados, um objetivo também não atingido em 2023. Foi a terceira força menos votada nesse último sufrágio, num total de 13 candidaturas.

A enfermeira Liana Reis encabeça a lista do RIR quer afirmar o partido como uma “alternativa centrista” contra as “políticas de arrogância” dos governos do PSD, vincando que o objetivo é a eleição de um deputado.Assista aqui à entrevista da cabeça de lista do RIR à RTP Madeira.

Nascida no Funchal em 9 de abril de 1978 (tem 46 anos), concelho onde reside, é militante do RIR desde 2022 e atualmente líder regional do partido, mas nas autárquicas de 2021 integrou como independente a candidatura da coligação Funchal Sempre à Frente (PSD/CDS-PP), que venceu com maioria absoluta, e é deputada suplente na Assembleia Municipal do Funchal.

Licenciada em Enfermagem, com pós-graduação em Gestão de Serviços de Saúde e Instituições Sociais, Liana Reis é também vogal da direção nacional do RIR. A candidata diz que um dos objetivos da campanha para as antecipadas de 26 de maio é fazer ver aos eleitores que o nome do partido – Reagir Incluir Reciclar – “nunca fez tanto sentido como agora” e que “está na hora da mudança” na região autónoma.

CDU (PCP/PEV)

O objetivo da CDU – Coligação Democrática Unitária (composta pelo Partido Comunista Português e pelo Partido Ecologista Os Verdes) é reforçar a sua representação parlamentar para continuar a combater as desigualdades sociais.

A CDU conseguiu eleger pela primeira vez um grupo parlamentar, de dois deputados, em 1996, que manteve até às legislativas regionais de 2011, quando passou a ocupar apenas um lugar. Em 2015, voltou a contar com dois eleitos, mas perdeu novamente um parlamentar em 2019, repetindo o resultado quatro anos depois.

A coligação não equaciona para já a possibilidade de entendimentos com outros partidos e considera que o sufrágio, na sequência da crise política, permite facultar ao eleitorado uma possibilidade de ver que nem todos os políticos são iguais.

A coligação tem o coordenador regional do PCP/Madeira, Edgar Silva, como cabeça de lista - um político experiente e ex-padre que já foi candidato à Presidência da República e foi o único eleito desta força política nas últimas regionais, em 2023. Nesta legislatura que durou apenas alguns meses, Edgar Silva cedeu o lugar ao número dois da lista, Ricardo Lume.
Assista aqui à entrevista do cabeça de lista da CDU à RTP Madeira.
Edgar Freitas Gomes Silva, 61 anos e residente no Funchal, concelho onde nasceu em 25 de setembro 1962, considera que só haverá condições para superar as desigualdades sociais com o reforço da coligação PCP/PEV e não equaciona eventuais acordos com outras forças.

Ainda conhecido na região por “padre Edgar”, apesar de ter deixado o sacerdócio em 1990, Edgar Silva saiu da Madeira na década de 1980 para frequentar o seminário no território continental, sendo licenciado em Teologia e mestre em Teologia Sistemática e História da Religião pela Universidade Católica Portuguesa e doutorado em História Social.

De regresso à região, em 1987, envolveu-se com a fundação do Movimento do Apostolado das Crianças, destinado a apoiar os denominados “meninos das caixinhas”, que pediam esmola no Funchal. Foi na sequência deste projeto que se tornou conhecido, ao denunciar o grave problema da prostituição infantil e de pedofilia em Câmara de Lobos, uma situação retratada depois no filme “Até amanhã, Mário”.

A sua intervenção política levou-o à filiação no PCP em 1999, mas antes foi escolhido para candidato, como independente, nas regionais de 1996, e foi sucessivamente eleito até à legislatura que começou em 2023.

Chega

O Chega (CH), que nas regionais de 2023, à segunda tentativa, chegou ao parlamento regional, com quatro deputados, espera agora reforçar a sua representação.

O Chega defende que o partido mais votado deve formar governo, mas já informou que não está disponível para acordos com qualquer força política, nem para “fazer fretes nem favores a ninguém”. Foi o quarto partido mais votado nas últimas regionais e quer dar continuidade ao trabalho que foi interrompido com a dissolução do parlamento regional no início do ano.

A luta contra a corrupção é uma das suas principais bandeiras, defendendo que os políticos, para serem levados a sério, devem “exercer uma governação transparente”.

Basílio Miguel da Câmara Castro, funcionário público na área do ambiente, encabeça novamente a lista do Chega, partido a que aderiu em 2019, depois de ter sido militante do PSD. Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do Chega à RTP Madeira.

Natural da ilha do Porto Santo, onde nasceu em 2 de janeiro de 1973 (tem 51 anos), mas residente no Funchal, Miguel Castro é atualmente líder da bancada parlamentar do Chega na Assembleia Legislativa. Em 2021, foi o cabeça de lista à presidência da Câmara Municipal do Funchal, num ato eleitoral em que o partido foi o quarto mais votado.

CDS-PP

O CDS – Partido Popular, que esteve coligado com o PSD nas duas últimas legislaturas, vai para eleições com uma lista própria, dizendo ser “um porto seguro” para os descontentes sociais-democratas e os desiludidos com o PS.

Os democratas-cristãos tiveram quase sempre representantes na Assembleia da Madeira e em 2023, na lista da coligação com o PSD, conseguiram três lugares. Mantiveram então a presidência do parlamento regional, titulada por José Manuel Rodrigues desde as eleições regionais de 2019.

O CDS apenas falhou a eleição de deputados nas primeiras regionais, em 1975, e registou o seu melhor resultado neste tipo de sufrágio em 2011, quando elegeu nove deputados, obtendo 25.975 votos (17,63 por cento).

A candidatura censura o “desrespeito” do ex-parceiro de coligação (PSD), que rompeu unilateralmente o acordo, e recusa ser uma “bengala” ou uma “extensão” do partido mais votado na região, sublinhando que “nada voltará a ser como dantes” no relacionamento entre ambos.

“O CDS não está virado para coligações com o PSD, em qualquer circunstância”, sublinha.

José Rodrigues, que regressou recentemente à liderança do CDS-PP/Madeira encabeça a lista do partido, jornalista de profissão e presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desde 15 de outubro de 2019. Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do CDS/PP à RTP Madeira.

José Manuel de Sousa Rodrigues foi presidente do CDS-PP/Madeira entre 1997 e 2015 e regressou em abril à liderança. Entrou para o partido em 1976 e foi líder da Juventude Centrista madeirense, nasceu em 13 de julho de 1960 (tem 63 anos) na freguesia de Santa Maria Maior, no concelho do Funchal, onde reside.

O candidato, que também foi deputado municipal no Funchal e tem o antigo curso complementar dos liceus (equivalente ao 12.º ano de escolaridade), assumiu o cargo de presidente do parlamento da Madeira em 2019, quando o CDS-PP, que tinha elegido três deputados, assinou um acordo de governo com o PSD, que elegera 23, num total de 47 que compõem o hemiciclo, viabilizando assim o executivo liderado por Miguel Albuquerque.

Movimento Partido da Terra

O Movimento Partido da Terra (MPT), que teve um deputado na Assembleia da Madeira entre 2011 e 2015, mantém a meta de regressar ao parlamento e quer ser uma voz na defesa dos cidadãos e dos dinheiros públicos. O combate à corrupção, a promoção da saúde e da educação, a valorização das carreiras profissionais e dos salários, a habitação e os transportes são “pilares fundamentais” da candidatura.

O MPT foi a segunda força menos votada em 2023, num universo de 13 candidaturas. Agora, diz estar aberto a entendimentos, excluindo o PSD, que detém a presidência do Governo Regional e, no seu entendimento, “está a tapar muita coisa”.

O empresário Válter Freitas Rodrigues, que se estreou no MPT nas legislativas regionais de 2019, avança novamente como cabeça de lista do partido.

Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do MPT à RTP Madeira.O candidato, que reside no Funchal, concelho onde nasceu em 30 de julho de 1981 (tem 43 anos), já militou no Nós, Cidadãos! e aderiu ao Movimento Partido da Terra (MPT) em 2019, sendo atualmente deputado da oposição na Assembleia Municipal do Funchal, eleito pela coligação Confiança (PS/BE/MPT/PAN/PDR) em 2021.

Empresário no setor da construção civil, Válter Rodrigues é coordenador da estrutura regional do MPT, frequentou o curso de Engenharia Civil na Universidade da Madeira.

Partido Social Democrata

Depois de ter rompido a coligação iniciada com o CDS-PP após as regionais de 2019 e através da qual concorreu em 2023, o Partido Social-Democrata (PSD) volta a apresentar-se com uma lista própria, como objetivo de ganhar eleições e continuar a governar a Madeira.

Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira desde 2015, é o cabeça de lista do PSD às antecipadas de 26 de maio.

Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do PSD à RTP Madeira. Nascido em maio de 1961, no Funchal, Miguel Filipe Machado de Albuquerque licenciou-se em Direito e exerceu a advocacia entre 1986 e 1993, altura em que se focou na vida política.

Militante do PPD/PSD da Madeira desde a década de 1980, liderou a JSD madeirense, foi deputado na Assembleia Regional, presidente da Câmara Municipal do Funchal (entre setembro de 1994 e outubro de 2013) e presidente da Associação de Municípios da Madeira, cessando a vida autárquica devido à lei da limitação de mandatos.

Durante algum tempo foi considerado um “delfim” do carismático líder do partido Alberto João Jardim, mas os dois acabaram por entrar em confronto e disputaram eleições internas em 2012, nas quais Albuquerque foi derrotado por 142 votos.

Conseguiu o cargo em 2014, quando derrotou o então secretário regional Manuel António Correia.

Pessoas-Animais-Natureza

O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) regressou à Assembleia da Madeira nas últimas regionais e celebrou um acordo parlamentar para assegurar a maioria absoluta da coligação PSD/CDS.

Teve, por isso, um papel determinante na crise iniciada no final de janeiro, ao retirar a confiança política ao presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, constituído arguido na investigação sobre alegada corrupção. O partido ocupou um lugar parlamentar na primeira vez em que concorreu, em 2011.

A assistente social Mónica Freitas volta a encabeçar a candidatura do PAN depois de ter sido eleita nas regionais de 2023 e espera agora reforçar a representação parlamentar do partido, mas impõe “linhas vermelhas e limitações” a entendimentos.
Assista aqui à entrevista da cabeça de lista do PAN à RTP Madeira.
Nascida na freguesia de São Pedro, no Funchal, em 28 de novembro de 1995 (tem 28 anos), e residente no concelho de Santa Cruz, Mónica Freitas esteve no centro da vida política madeirense nos últimos meses porque decidiu retirar o apoio político ao presidente do Governo Regional (PSD/CDS-PP).

Mónica Alexandra Soares Freitas Marciel é militante do Pessoas Animais Natureza desde 2021. Licenciada em Serviço Social e em Igualdade de Género, com o curso de técnica de apoio à vítima, a candidata não tinha qualquer experiência em atos eleitorais quando, em setembro de 2023, avançou como cabeça de lista do PAN, depois de a direção do partido ter afastado o principal candidato, Joaquim Sousa, alegando “uma incompatibilidade”.

Diz que sempre foi ativista em causas de cariz social - integrou a Comissão Para o Estatuto da Mulher da Organização das Nações Unidas, em 2017, e fundou a associação Womaniza.te.

Partido Trabalhista Português


O Partido Trabalhista Português (PTP) já teve três deputados na Assembleia Legislativa da Madeira (com as eleições de 2011), mas foi afastado do parlamento regional em 2019. Nas regionais de 2015, o partido integrou a coligação Mudança (PS/PTP/PAN/MPT), que se desintegrou após o sufrágio, e ficou reduzido a um deputado.

A candidatura pretende voltar ao parlamento para “dar aos eleitores uma representação com caráter e ousadia” e não rejeita futuros entendimentos políticos, mas exclui os partidos que têm governado a Madeira ou seus apoiantes, e também o PS, de quem diz “estar escaldado” depois de problemas na coligação para a Câmara do Funchal.

A história do PTP está marcada pela atuação do pai da cabeça de lista, o controverso dirigente José Manuel Coelho, que protagonizou, enquanto deputado regional, alguns episódios mediáticos no parlamento, como a ostentação de uma bandeira nazi ou o uso de um relógio de cozinha ao peito. Também chegou a despir-se em plenário, ficando em roupa interior, em protesto por ter sido condenado a pagar indemnizações a várias figuras regionais em processos judiciais, sobretudo por crimes de difamação.

A cabeça de lista do PTP, tal como em 2019, é a empresária Raquel Coelho, deputada municipal no Funchal, que quer regressar ao parlamento madeirense, para “dar aos eleitores uma representação com caráter e ousadia” e diz que o partido está disponível para acordos.

Assista aqui à entrevista da cabeça de lista do PTP à RTP Madeira.

Raquel da Conceição Vieira Coelho nasceu em 2 de julho de 1988 (tem 35 anos) e foi líder regional do Partido Trabalhista Português (PTP) entre 2019 e 2023. E exerceu a função de deputada na Assembleia Legislativa da Madeira em 2011-2015 e 2018-2019. Foi também deputada na Assembleia Municipal do Funchal, eleita pela coligação Mudança (PS/BE/PND/MPT/PTP/PAN).

Empresária no setor do alojamento local, Raquel Coelho é natural do concelho de Santa Cruz, na zona leste da Madeira, mas reside atualmente no Funchal.

A candidata do PTP promete representar os eleitores “com caráter, com coragem, com ousadia, com competência, com dedicação”.

Juntos Pelo Povo

Nascido de um movimento de cidadãos, o Juntos Pelo Povo (JPP) conseguiu eleger cinco deputados na sua estreia em regionais, em 2015, e está agora preparado para ser governo no arquipélago, sem assumir se admite entendimentos neste cenário.

Nas últimas legislativas regionais, em setembro de 2023, o JPP conseguiu recuperar os dois deputados que havia perdido nas eleições de 2019, voltando a ter um grupo parlamentar com cinco elementos.

O JPP diz que vai para o ato eleitoral de 26 de maio para prosseguir a sua ação fiscalizadora dos atos do Governo Regional, que originou várias denúncias e queixas junto de instituições judiciais. O secretário-geral, o arqueólogo Élvio Sousa, volta a encabeçar a candidatura do partido, que governa o concelho de Santa Cruz desde 2013, quando afastou o PSD. Os sociais-democratas detinham a liderança da autarquia desde 1976.

Assista aqui à entrevista do cabeça de lista do JPP à RTP Madeira.

Nascido em 19 de abril de 1973 (tem 51 anos), Élvio Duarte Martins de Sousa, foi eleito deputado na estreia do JPP em eleições regionais, em 29 de março de 2015, ano em que o partido foi validado pelo Tribunal Constitucional, e reeleito em 2019 e 2023.

Também é licenciado em História e mestre em História Regional e Local pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, investigador do Centro de História de Aquém e de Além-Mar, da Universidade Nova de Lisboa, e está ligado ao projeto do Núcleo Histórico do Solar do Ribeirinho, em Machico.
Mais de 254 mil inscritos
Mais de 254 mil eleitores podem votar nas eleições antecipadas para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira, no dia 26, segundo dados do recenseamento eleitoral.

Segundo o Ministério da Administração Interna (MAI), em 11 de maio, “data da inalterabilidade dos cadernos eleitorais”, das eleições antecipadas para a assembleia legislativa regional, encontravam-se “inscritos 254.522 eleitores”, dos quais 249.075 na ilha da Madeira e 5.447 na ilha de Porto Santo.

Relativamente às eleições legislativas regionais de 2023, com base na página de internet da Secretaria-Geral do MAI, estão inscritos mais 645 eleitores, dos quais mais de meio milhar na ilha da Madeira e mais uma centena em Porto Santo. 

Estes dados reportam-se à comparação com os inscritos deste ano e ao resultado final oficial de 253.877 eleitores no sufrágio de 2023, publicados no Diário da República.

Ainda segundo os dados disponíveis na Secretaria-Geral do MAI, o Funchal é o concelho com mais eleitores, com 104.858, seguido de Santa Cruz, com 39.912, Câmara de Lobos, com 32.586, Machico, com 19.821, e Ribeira Brava, com 14.042. O município com menos eleitores inscritos é Porto Moniz, com 3.003.

A freguesia com mais eleitores é São Martinho, no concelho do Funchal, com 26.556, seguindo-se no mesmo município Santo António, com 24.980, Caniço, em Santa Cruz, com 21.825, Câmara de Lobos, com 16.217, e Santa Maria Maior, no Funchal, com 11.878, enquanto Achadas da Cruz, em Porto Moniz, regista apenas 190 inscritos.
Madeirenses elegem pela 14ª vez os seus representantes
Estas eleições regionais são as terceiras antecipadas na história do arquipélago, que é composto pelas ilhas da Madeira, do Porto Santo, Desertas, Selvagens e os seus ilhéus, uma região que o PSD governa desde 1974.

A Madeira teve apenas três presidentes do Governo Regional eleitos após a revolução de 25 de abril de 1974, sendo o primeiro Jaime Ornelas Camacho (1976-1978), substituído a meio do mandato por Alberto João Jardim.

Jardim presidiu a seguir nove executivos regionais - sob a sua liderança, o PSD obteve maioria absoluta nas legislativas de 1980, 1984, 1988, 1992, 1996, 2000, 2004, 2007 e 2011.

Ao longo de mais de 40 anos, o PSD, liderado por Alberto João Jardim, somou sucessivas vitórias eleitorais.

As eleições de 2007 foram as primeiras antecipadas (a legislatura terminava em 2008), porque Alberto João Jardim apresentou a demissão em protesto contra a Lei das Finanças Regionais e, simultaneamente, garantiu a sua recandidatura, voltando a vencer com maioria absoluta, cenário que se repetiu em 2011.

Em janeiro de 2015, Jardim demitiu-se novamente do cargo de presidente do Governo Regional, na sequência da eleição do novo líder do PSD/Madeira, Miguel Albuquerque, na segunda volta de umas eleições internas realizadas em dezembro de 2014.

Nas legislativas de 2015, o PSD conseguiu 24 deputados, segurando a maioria absoluta por um, e nas seguintes, em 2019, perdeu pela primeira vez a maioria absoluta na Assembleia Legislativa, tendo formado um governo de coligação com o CDS-PP que elegeu três deputados.

Já nas legislativas de 24 de setembro de 2023, o PSD e o CDS-PP concorreram coligados, mas ficaram a um deputado da maioria absoluta, tendo elegido 20 representantes social-democratas e três democratas-cristãos.

A composição do parlamento madeirense sofreu várias alterações desde 1976, sendo, no entanto, constante a presença de representantes do PSD, do PS e do CDS-PP.

No decurso de 13 legislaturas, tiveram também representação parlamentar a UDP, APU (coligação PCP/MDP/PEV), Partido da Solidariedade Nacional, CDU, BE, MPT, Nova Democracia, PAN, PTP, PCP e JPP.

c/ Lusa
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